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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Cuidados na Higiene Oral

Higiene Oral em Crianças:
É fundamental ensinar as crianças a adoptarem práticas saudáveis na higiene oral desde a tenra idade. Eis alguns conselhos úteis para que os pequeninos tenham uns dentes sãos:

 Importância:
A dentição de leite ou decídua surge aproximadamente dos 6 aos 24/30 meses. Não se deve negligenciar a saúde destes dentes pois são necessários para ajudar o bebé a aprender a falar, a ter autoconfiança e auto-estima com uns dentes bonitos.

Um dente “estragado” ou o mau hálito podem desencadear comentários desagradáveis entre as crianças. Esta dentição mantém o espaço e o alinhamento correcto dos dentes definitivos. Uma má higiene dentária pode levar à doenças periodontais na infância, em que as bactérias invadem as gengivas e os ligamentos que suportam os dentes.
Se não for acompanhada, a doença periodontal, pode provocar a perda do dente ou danificar o osso, o que poderá dar origem a problemas na erupção e “vida” dos dentes definitivos. As cáries dentárias são a doença infecciosa mais comum, mas também a que se previne mais facilmente.
Inicio da Higiene Oral:
As primeiras preocupações com os dentes devem surgir mesmo antes de eles nascerem. Os dentes de leite começam a formar-se durante a gravidez, por volta das seis semanas de gestação e já estão completamente formados na altura do nascimento do bebé. Embora não haja alimentos nem medicamentos específicos para o bom desenvolvimento dos dentes de leite, a mãe deve ter uma alimentação variada, rica em cálcio e vitaminas, o que irá originar uma melhor formação dos dentes da criança. A higiene oral deve começar logo após a erupção do primeiro dente do bebé.

 
Métodos e Técnicas:
Nos primeiros meses, quando há poucos dentes erupcionados, pode utilizar-se uma gaze ou escova de dentes macia para esfregar as gengivas pelo menos duas vezes por dia, sendo uma delas, obrigatoriamente, antes de deitar.
Como as gengivas estão inflamadas, existem geles e medicamentos para aliviar as dores da erupção dos dentes do bebé (O uso destes deve ser recomendado pelo Medico dentista ou pediatra).
Se a criança tiver febre quando os dentes estiverem a erupcionar, o aconselhável é contactar o médico para ajudar a prevenir eventuais problemas.
Para a prevenção das cáries do biberão, da chupeta, entre outros acessórios, recomenda-se a administração de flúor logo após o primeiro mês de idade, sob a forma de gotas. Este deve ser dado até a criança conseguir escovar bem os dentes sem a ajuda dos pais.

Dos 3 aos 6 anos, há que adoptar o lema “Lavar os dentes, é divertido!”. Nesta idade, a criança não aceita facilmente as imposições, mas acha divertido aprender sozinha. Deixe-a fazer a escovagem dos dentes sozinha com a sua supervisão, pelo menos duas vezes por dia sendo uma delas obrigatoriamente antes de deitar.
Além disso, como a criança gosta de imitar os gestos e os actos dos mais velhos, é recomendável que esteja presente quando nós próprios o fazemos. Isto fará com que ela própria sinta a necessidade de também querer utilizar a escova de dentes.
A escova de dentes deve ser macia e ter um tamanho adequado à boca da criança. Deve utilizar-se uma pequeníssima quantidade de dentífrico fluoretado, semelhante ao tamanho da unha do dedo minimo da criança. Ensinando a não engolir a pasta.
Corrijir os gestos: direccionar os filamentos da escova de encontro às faces dentárias e executar suaves movimentos vibratórios horizontais ou circulares. Repitir isto em todas as faces dentárias. Para não ficar “esquecido” alguns dentes, a escovagem deve ser feita com uma sequência.

É preciso escovar todas as superfícies externas (do lado da bochecha), internas (do lado da língua) e as partes que mastigam. No final deve escovar-se a língua da criança. Colocar a escova sobre a língua e escovar suavemente de trás para a frente (desde a base para a ponta).

Deve ser repetido pelo menos 2x/dia, sendo uma obrigatoriamente antes de deitar.


Hábitos a Evitar:
Andar durante muito tempo com a tetinha do biberão na boca – expõe de forma demorada a dentição ao leite, papas, sumo e outros alimentos, que contêm açúcares e derivados. Isto, contribui para a fixação e desenvolvimento de bactérias que degradam esses açúcares e conduzem à formação de cáries.
Não se deve deixar que o bebé adormeça com o biberão de sumo ou de leite na boca. Além disso, a produção de saliva, durante a noite é menor, a placa dentária forma-se mais facilmente, pois os restos alimentares e bactérias agregam-se aos dentes. Estas são o inimigo número um e milhões delas vivem e desenvolvem-se na nossa boca, onde se alimentam de resíduos de comida criando o ácido que ataca o esmalte e dá origem ás cáries.
Chuchar nos dedos pode causar problemas no crescimento dos maxilares e no posicionamento dos dentes. Deve-se tentar eliminá-lo ou evitar que se estabeleça. O mesmo acontece com o uso de chupetas. A Academia de Pediatria Americana recomenda que o uso da chupeta deve ser interrompida entre os nove meses e o primeiro ano de vida; essa redução deverá ser gradual.

A chupeta nocturna deve ser suspensa, mal que erupciona o primeiro dente. Corrijir estes hábitos através de incentivos e não com palavras ou comportamentos negativos. As crianças apenas fazem o que lhes parece natural. Elogie a criança quando ele não está a chuchar no dedo. Uma alternativa para atenuar este hábito da criança pode ser colocar uma ligadura no dedo ou uma meia na mão quando chega a hora de dormir.
A medicação com sabor amargo para ser colocada no dedo também pode ser receitada pelo Medico dentista ou pelo pediatra.
Limitar os lanches entre as refeições (especialmente os que contêm alimentos e/ou bebidas açucaradas como bolachas, pão com chocolate e refrigerantes);
Deve-se evitar que a criança ingira bebidas gaseificadas, pois estas provocam a erosão dos dentes. Podendo ingerir bebidas gaseificadas, usando “palhinhas” para evitar o contacto directo da bebida com as faces dentárias.



Hábitos a reforçar:
Verificar se a higiene oral faz parte do Projecto Educativo do estabelecimento de educação onde a criança está integrada. Verificar se pelo menos uma escovagem dos dentes é efectuada no Jardim-de-infância.

Consultar ao Medico dentista regularmente. Fazer a criança ver que uma visita ao profissional de saúde oral é uma experiência positiva. Ao incentivar uma atitude positiva, aumenta as hipóteses da criança visitar regularmente o profissional de saúde oral ao longo da vida e reduz a necessidade de tratamentos mais invasivos e potencialmente geradores de medo e ansiedade.

Dos 6 à adolescência, o dentífrico fluoretado deve ter entre 1000-1500 ppm, e a quantidade é de aproximadamente 1cm. A escova deve ser macia, média de tamanho adequado à boca da criança e com cerdas lisas. Deve-se também mostrar a maneira correcta de usar o fio dentário como complemento à escovagem. (Cortar +/-40 cm de fio ou fita dental. Fazer uma pequena introdução no espaço entre os dentes e pressionar de encontro ao dente detrás dando ao fio ou fita a forma de um "C". Com movimentos pequenos e suaves, fazer pressão no sentido da papila gengival. Fazer movimentos simultâneos para cima e para baixo puxando o fio ou fita para fora. Manter o fio ou fita no mesmo espaço inter-dentário, fazendo pressão de encontro à face do outro dente e repetir os movimentos explicados acima até à completa higiene oral.)


Na Adolescencia:
O flúor não tem agora um papel tão relevante, como na dentição de leite, até porque a própria diversidade de alimentos o vai fornecer, mas a técnica de escovagem e as revisões periódicas ao Medico dentista assumem um papel fundamental. No entanto, a juntar aos cuidados, pode-se efectuar um bochecho quinzenal com uma solução de fluoreto de sódio a 0,2%.

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